Era uma vez um fim

Era uma vez ela e ele, ele e ela. E outra vez, e mais uma, e tantas outras vezes.

Era uma vez um fim, outro fim, e mais outros fins. Fim - Qual fim?

Ele se pergunta isso enquanto ela penteia e se prepara para um almoço sem nutrientes.

E ele, enquanto vos escreve isso, pecebe que não há fim para o que faz, não há princípios nesse jogo, não há meios para atingir o que deseja, não há mais... Mas, ainda assim, escreve, apaga, reescreve, e pensa. A caneta tangenciando o papel como a mão tangencia o rosto, dispersando o que foi molhado algum tempo atrás. Traz a paz de volta, traz a serenidade conhecida, acaba com isso.

E, ao terminar, acabou.


"E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais /que o mundo compreendeu /e o dia amanheceu /em paz" (Valsinha - Chico Buarque)

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