Estranhos... de certa maneira

Somos indiferentes um ao outro... de certa maneira.
Nunca conseguirei olhar com total indiferença tudo que vivemos, principalmente nossos últimos momentos juntos... Gostaria verdadeiramente que tivessem sido bons, que tivéssemos feito tudo diferente. Hoje, pouco importa quem errou, mais ou menos, antes ou depois: a verdade é que nossa história não se resume a eles, mas não consigo separar nossas memórias desses momentos.
Mesmo assim, de certa maneira, somos indiferentes um ao outro. Ainda que, em raras ocasiões, lembre de você e sinta saudade ou raiva, faz tempo que não ouço qualquer notícia sua - e nem quero. Não sei se está feliz ou triste, e sequer sei se me importo. Espero que esteja feliz, à sua maneira! Será que você conseguiu fazer aquelas viagens sobre as quais conversávamos, conquistar aquelas metas que você tinha traçado, ido em frente com os planos que havíamos feito?
É estranho não me importar com isso! Um dia, há algum tempo, dividimos os planos, os sonhos, a cama e a vida em geral... Nunca poderia imaginar que você se tornaria apenas alguém que eu costumava conhecer. Jamais poderei dizer se isso tudo foi necessário, se nossas atitudes fizeram que chegássemos a este ponto ou se a vida simplesmente caminhou para isso e não fizemos nada para impedir. Não importa! O fato é que nós, outrora íntimos, quase inseparáveis, hoje não passamos de estranhos um para o outro.


"Now and then I think of all the times you screwed me over(...) /And I don't even need your love /But you treat me like a stranges and that feels so rough(...) /Now you're just somebody that I used to know" (Somebody That I Used To Know - Gotye)

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